segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Portas abertas para a imaginação

O Matias está com catapora. Varicela, para alguns. Não pode sair de casa, não pode pegar sol. Peguei ele sexta à noite na casa da mãe e fomos para o meu apartamento. Saí de casa apenas hoje pela manhã, para vir trabalhar.

Na programação, videogame, filmes, histórias em quadrinhos e até futebol em plena sala, com uma bola feita de diversas meias. Terminados God of War após um mês de jogatina, e iniciamos God of War II. Descobri dois programas infantis bons no Now da Net, ambos indicações do Matias: Tem Criança na Cozinha (sobre culinária) e Click (apresentado pelo mesmo cara que fazia o extinto Art Attack na Disney Channel).

Quando você se transforma em pai, não tem ideia do que virá pela frente. Pode imaginar, mas não tem dimensão do que será. Em alguns momentos, você se transforma em vários personagens. Ator, mestre de cerimônias, contador de histórias, entertainment, comediante, artista. Cria situações, interpreta, fala coisas engraçadas, conta piadas, constrói brinquedos de papel. Tudo para tornar os dias e as horas de seu pequeno agradáveis e divertidas.

E, claro, dá atenção e carinho. Fica de olho na programação de remédios, olha de tempos em tempos as bolinhas da catapora para ver se nasceram outras e para que as que estão ali já secaram. Passa pomada. Mede a febre. Pega no colo.

O foco, o modo como se vê a vida, muda a partir do momento em que você tem um filho. Um fim de semana sem colocar o nariz para fora de casa, a princípio, pode parecer chato. Mas não foi. Se transformou em um dos momentos em que estive mais próximo do meu pequeno, e que lembrarei com carinho no futuro. A catapora irá embora, mas a lembrança ficará. As marcas não ficarão na pele, mas na memória.

Iniciei a semana com alegria no coração. Com energia e todas as coisas. É o poder de uma criança de 6 anos, criativa, inteligente e sempre bem humorada, mostrando que a vida só vale a pena quando estamos ao lado de quem a gente ama.

Obrigado, filho. Pelo fim de semana. Pelos dias, semanas e anos. E por tudo que virá pela frente.

Um comentário:

  1. Só modificaria uma parte do seu texto, grande seelig... Tb sou pai de um cara que ainda usa fraldas, e com ele, estou descobrindo o real sentido da vida...

    Ah, a parte que mudaria de seu texto é, não diga que a vida vale a pena por algo, já que vc não sofre uma pena pela vida... Dia, somente, que a vida vale.....

    Fui.

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