quarta-feira, 30 de julho de 2014

Lana Del Rey 2.0

15:07
Mais denso e coeso que Born to Die (2012), Ultraviolence mantém os arranjos grandiosos e as orquestrações, além do clima melancólico e da produção muito bem feita.

Gostei de “West Coast”, “Pretty When You” e “Black Beauty”.

Ah, e a capa é linda. (6,5)

terça-feira, 29 de julho de 2014

Assista House of Cards, não há como se arrepender

13:32
Intrigas. Tramoias. Jogos de interesse. E um texto afiadíssimo.

House of Cards é uma das séries mais legais que assisti nos últimos anos. O enredo conta a história de Frank Underwood, um congressista cheio de ambição e que faz tudo pra chegar onde quer.

Grande atuação de Kevin Spacey. Grande atuação de todo o elenco.

É da Netflix. Só dar play e assistir as duas temporadas em uma maratona.

Fiz isso há alguns meses. Você também deveria fazer.

Led Zeppelin revela extras das reedições de IV e Houses

08:33
Saem dia 27 de outubro as reedições duplas de Led Zeppelin IV e Houses of the Holy. As artes de capa, como nas já lançadas novas versões de I, II e III, também serão diferentes, como entrega a imagem acima.

O problema é que estas reedições estão com preços acima de aceitável aqui no Brasil. Quase 100 reais por um CD duplo é uma piada.

No entanto, no Spotify os três primeiros discos estão disponíveis com todos os seus extras.

Recolhendo a baba e torcendo o babador aqui ...

Abaixo, as faixas extras:

Led Zeppelin IV:
1.   Black Dog – Basic track with guitar overdubs
2.   Rock and Roll – Alternate mix
3.   The Battle of Evermore – Mandolin/guitar mix from Headley Grange
4.   Stairway to Heaven – Sunset sound mix
5.   Misty Mountain Hop – Alternate mix
6.   Four Sticks – Alternate mix
7.   Going to California – Mandolin/guitar mix
8.   When the Levee Breaks – Alternate UK Mmix

Houses of the Holy:
1.   The Song Remains the Same – Guitar overdub reference mix
2.   The Rain Song – Mix minus piano
3.   Over the Hills and Far Away – Guitar mix backing track
4.   The Crunge – Rough mix keys up
5.   Dancing Days – Rough mix with vocal
6.   No Quarter – Rough mix with John Paul Jones keyboard overdubs - No vocal
7.   The Ocean – Working mix

Bombino, o blues rock que vem da Nigéria

07:54
Dan Auerbach, vocal e guitarra do Black Keys, ouviu e pirou. Gostou tanto que foi buscar o cara na África e gravou e produziu o seu terceiro disco.

Nomad, lançado em abril de 2013 pela Nonesuch Records, é uma delícia. Um blues rock exótico, vindo da Nigéria e cantado na língua nativa de Bombino. Boas melodias, boas canções, ótima vibe. E, acima de tudo, algo novo para os ouvidos.

Bem bom, ouça.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Playlist: covers legais (e acústicos)

14:50
Montei uma playlist só de covers, a maioria acústicos. Pra ouvir e curtir versões diferentes de músicas que fazem parte da vida, dos dias e das lembranças. A maioria são releituras acústicas, reduzindo às faixas as suas essências. Afinal, como ouvi uma vez não sei quem dizer: você sabe se uma canção é boa quando ela funciona sozinha no violão.

Essas funcionam.

Ouça aqui.

Vai dar liga

11:11
Desde 2004 escrevo sobre música. É tempo pra caramba. 10 anos e pouco. Mais de 1.000 discos resenhados. Dezenas de livros. Muitos DVDs. E um aprendizado enorme.

Mas chega uma hora em que tudo isso cansa. Chega uma hora em que o fim é necessário. Ou um novo começo.

É curioso como a mente do ser humano funciona. Já tinha a ideia de encerrar as atividades da Collectors Room há um tempo, e quando realmente fiz, um peso enorme saiu das costas. Não que fosse ruim estar à frente de tudo aquilo, muito pelo contrário. Muito de mim está nos mais de 7.000 posts da CR. O que eu gosto, o que eu penso, o que eu quero.

Aqui neste blog, tudo ficou mais leve. Textos mais descontraídos, mais soltos. É mais um blog pessoal do que um site especializado em música. Um blog pessoal de um cara que gosta de música: acho que essa é uma boa definição para o Mas que Nada.

Um lugar para redescobrir o prazer em escrever sobre música. Prazer esse que andou escasso nos últimos meses. Um lugar para escrever sobre qualquer coisa, a qualquer momento. Um lugar para mostrar que, além da música, há filmes, livros, games, quadrinhos, família, TV, futebol e mais um monte de coisa prontas para sair.

Um dos pontos que mais me incomodava nos últimos meses foi a perda, de maneira constante e crescente, do prazer em ouvir música. Nunca quis escutar música por obrigação. E, com o crescimento do site, tive que fazer isso. Não é bom. Pelo menos pra mim não foi. Gosto de ouvir o que gosto. É simples. Mas não estava sendo.

Essa talvez seja a principal razão para a decisão de dar fim a CR e iniciar um projeto novo. Não tenho interesse em receber uma pilha de discos via correio, de empilhar CDs e DVDs para audições futuras. Só tenho interesse em manter a música na minha vida, em seguir aprendendo com ela. E, para isso continuar acontecendo, tenho que respeitar o meu próprio tempo. Ouvir o que o corpo e a alma pedem, no tempo exato.

Ando bem anos 1970. Bem afastado do metal. Ouvindo rock antigo, umas coisas soul, um pouquinho do embalo funk. Sons que sempre curti, e estou redescobrindo. Esse é o ponto: um mergulho nos clássicos, com a cabeça diferente daquela que tinha quando os escutei pela primeira vez. E, ao fazer isso, fica claro em como a mesma música pode nos mostrar resultados e efeitos diferentes com o passar dos anos.

Quero seguir nessa linha. Caminhando em frente nessa história, encontrando a trilha da vida a cada dia. E contando, me inspirando, escrevendo, e colocando aqui.

Tem tudo pra dar liga. Vamos ver se funciona.

Presente para os ouvidos: Eric Clapton faz homenagem a J.J. Cale

09:19
Eric Clapton sempre foi muito influenciado por J.J. Cale. Não por acaso, alguns de seus maiores hits são regravações de composições de Cale: "Cocaine", "Lay Down Sally" e "After Midnight". J.J. Cale faleceu em julho de 2013, e como tributo a uma de suas maiores inspirações Clapton reuniu um grupo de amigos e regravou várias canções de J.J.

O resultado é o belíssimo The Breeze: An Appreciation of JJ Cale. São 16 faixas com Clapton ao lado de nomes como Tom Petty, Mark Knopfler, Willie Nelson, Derek Trucks, Albert Lee e outras feras.

Lindo. Excelente. Emocionante.

Se eu fosse você, ouvia.

A sabedoria simples do Matias

06:50


E em uma conversa com o Matias, meu filho de 6 anos, surgiu a expressão “latejando de dor”. Ele, é claro, perguntou o que era latejar. Procurei as palavras e tentei explicar da maneira mais clara possível.

Então, ele respondeu: “ah, é quando a dor fica piscando, né?”.

Sim, é isso.

Blackberry Smoke e a redenção pelo southern rock

03:32
Se você gosta de southern rock, já ouviu Blackberry Smoke. Caso ainda não tenha escutado, faça isso. Grandes canções, ótimas melodias, solos inspirados e muito feeling fazem parte da identidade do grupo, que anunciou que seu novo disco já está pronto.

O sucessor do fenomenal The Whippoorwill (2012) ainda não tem data confirmada para sair. Mas tem para entrar: assim que pintar, fará parte da vida de quem gosta de rock.

Ansioso. Pra passar, o disco de 2012 será a trilha deste início de semana.

domingo, 27 de julho de 2014

Pequenos reviews #001

15:03
Sharon Jones and The Dap-Kings - Give the People What They Want (2014)

Sharon venceu um câncer e gravou outro grande disco. Soul recomendadíssimo! (8,5)

Elbow - The Take Off and Landing of Everything (2014)

Qualquer coisa que Elbow lança é elogiada pra caramba na Inglaterra. E eu sempre vou ouvir e me decepciono. Muito. Pretensão em fazer art rock indie que se traduz em um som chatíssimo. Passe longe! (3)

The Afghan Whigs - Do to the Beast (2014)

Rock alternativo com cérebro e acessível. Muito bom! (8)

Cloud Nothings - Here and Nowhere Else (2014)

Post-hardcore indie. Chato, chato, chato. E barulhento. (4)

Gazpacho - Demon (2014)

Prog rock bonito e contemplativo. Pra colocar a cabeça em ordem. (7,5)

Wovenhand - Refractory Obdurate (2014)

Folk psicodélico. Às vezes funciona, outras não. Mediano. (6)

The War on Drugs - Lost in the Dream (2014)

Rock com influência do The Cure. Produção anos 1980 e grandes canções. Gostei bastante! (8,5)

Triptykon - Melana Chasmata (2014)

Metal arrastado, sombrio, soturno e pesado. Tom Gabriel Fischer sendo Tom Gabriel Fischer. Não tem erro. (8)

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Mas que nada

11:43
Mas que nada. Ou tinindo trincando. Dando nome aos bois ou andando meio desligado. Identidade zero. Bebendo vinho ou debaixo do chapéu. Alívio imediato em lugar nenhum.

O parágrafo acima contém possíveis nomes para esse blog. Nomes que foram, e voltaram, até ficarem lá no primeiro. Mas que nada, a música do Jorge Ben que canta aos quatro ventos: sai da minha frente que eu quero passar.


O fato é que não sei ainda para onde vou. Qual será o próximo passo. O fim da
Collectors Room era necessário por uma série de fatores: cansaço, falta de tempo, inspiração e motivação morrendo. E, talvez, o mais importante: voltar a ouvir música com prazer. Deixar de encarar a música como um trabalho que, no final das contas, não era um trabalho (afinal, grana que é bom, nada). Recuperar o prazer: esse é o ponto.

Mas, ao mesmo tempo, preciso de um lugar para escrever. Pra colocar pra fora as alegrias, as frustrações, os sonhos e as utopias. O que ouço de bom e o que vejo de legal. O que leio, o que assisto, o que escuto.


Essa é a razão de existir deste blog. Modesto, na manha e sem pressa. O local onde estarão os textos que produzo sem parar desde que nasci. E que são, ao lado da música, o ponto central da minha vida.


Não sei ainda sobre o que irei escrever. Provavelmente, aqui não será um local destinado a um único assunto. Será um blog sobre tudo e, simultaneamente, sobre nada. Um blog sobre o que der na telha.


Se você quiser acompanhar, venha junto. Ainda não sei para onde este próximo passo me levará, mas você está convidado a vir junto.

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